quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Self-Care: A Importância de manter os Hobbies

Desde que as coisas começaram a tomar um rumo para o pior, que deixei de lado uma das coisas que mais amo nesta vida: ler.
 
E isto é um erro. É um erro porque um Hobby é algo que fazemos porque gostamos de fazê-lo. É algo que fazemos, porque nos faz sentir bem. Poderemos dizer que é algo que faz parte da nossa identidade. E ler faz parte de quem sou.
 
Ainda não sabia ler e uma das memórias mais antigas que tenho, é o de convencer a minha mãe a comprar-me um livro do Donald. A Bela e o Monstro fizeram-me sentir que havia mais pessoas que, como eu, amavam os livros! E aquela biblioteca, senhores...aquela biblioteca... ainda hoje quando sonho o que faria com um prémio do Euromilhões, a biblioteca d'A Bela e o Monstro é o que me vem logo à ideia. Ler era das poucas coisas que os professores me diziam que eu fazia bem. Assim que aprendi a ler, comecei a roubar os livros Uma Aventura, ao meu irmão. Depois quando esses acabaram passei para o Júlio Verne. Depois a vizinha do lado casou-se e deu-me todos os seus livros. Livros que já eram antigos e que têm tantos anos nas minhas mãos que hoje em dia já tenho medo de sequer tocar neles, pois parece que se vão desintegrar.
 
 
 
O meu pai nunca foi fã de que eu lesse, porque deveria era ler os livros da escola, e por isso não me dava dinheiro para eu comprar livros. Fiz então uso da biblioteca da minha escola primária e depois da biblioteca da minha escola preparatória. Levei tantos livros que até a bibliotecária já sabia o meu nome. Depois a mãe de uma amiga descobriu que eu gostava de ler, e deu-me acesso à sua biblioteca (escondida na cave). E devo ter lido quase tudo o que era apropriado para a minha idade (ela não me deixava levar qualquer um, não fosse eu ler coisas demasiado fortes). Foi nessa altura que descobri a Enid Blyton e o mundo dos colégios privados ingleses.
 
Depois, ao passar para o Secundário, aproveitava as idas ao Vasco da Gama com as amigas,  para comprar livros com o dinheiro que a família me ia dando no Natal e Aniversário. Não comprava muitos, porque o meu pai ainda não achava muita piada, mas ia construindo a minha biblioteca aos poucos. O meu irmão fez-se sócio do Circulo de Leitores e aí foi a altura que consegui comprar mais livros, com o meu pai a aceitar que eu fizesse a colecção Agatha Christie (e começando o meu caso de amor com o Poirot). Descobri (e fiquei obcecada) com o mundo do Harry Potter (HERMIONE, BATES CÁ DENTRO!), e com as Brumas de Avalon descobri o reino da fantasia celta.
 
Com o passar dos anos, nunca pude ir comprando assim muitos livros, por causa desta pancada do meu pai, por isso ia pedindo livros emprestados a todas as pessoas que eu conhecesse.
 
Na Universidade, ia relendo os que já tinha (todos os anos, no Natal, ainda hoje releio As Mulherzinhas) e pedindo livros emprestados, comprando um ou outro pelo Circulo de Leitores.... mas não tinha assim muito tempo para ler, entre escola e namorado. Sempre foi nas férias de Verão que mais me vinguei desse tempo em atraso, aproveitando as colecções de livros que começaram a aparecer nas papelarias. O maior choque foi quando o meu pai chegou a casa, de surpresa, com o primeiro livro da trilogia Senhor dos Anéis (porque sabia da grande obsessão que eu tinha com o filme, e viu o livro à venda na Bertrand).
 
Depois comecei a trabalhar e a tirar o mestrado, e aí então é que nunca mais tive grande tempo para ler.
 
 
Mas depois casei-me. E passei a ter o meu escritório. E a ganhar o meu dinheiro. E a trabalhar ao lado do Vasco da Gama. E depois surgiu a Wook (livraria online). E os livros com desconto nos supermercados. E enlouqueci. Apesar de não ter quase tempo por causa do trabalho e doutoramento, nestes últimos anos tenho comprados todos os livros que desejei ao longo dos anos, num verdadeiro frenesim. Tenho livros pela casa toda. Já ocupei parte da sala da casa de fim-de-semana dos sogros. Continuava só a ler nas férias de Verão, mas não parei de acumular livros. Compro mesmo livros que já tenho, porque são edições mais bonitas e especiais. 
 
Prenda de Natal/Aniversário? Livros, obviamente!!
 
Tenho hora de almoço livre e tempo para passear? Livraria, evidentemente!

Momento de criar novas tradições familiares com o marido? Visitas anuais à Feira do Livro de Lisboa, claro está!
Mas ler, ler.... andava a ler pouco. Foi por isso que há umas semanas tomei a decisão de voltar a ler, no comboio e antes de dormir. E as saudades que tinha, meus amigos.... as saudades!! Não há nada melhor para acalmar o cérebro, no final do dia, e relaxar antes de dormir.

E a importância de um hobby é essa. Deve fazer-nos bem. Ajudar no combate à ansiedade. Acima de tudo, dar-nos felicidade no meio da tormenta que é o stress do dia-a-dia.
 
Não deixem os Vossos hobbies de lado, por falta de tempo. A vossa alma agradece!
 
 

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Self-Care: Exercício

Ora bem, como disse aqui, andei com alguns ataques de ansiedade excessivos. Assim uma coisinha a roçar os ataques de pânico. E percebi o que me faltava fazer. Percebi o que a minha mente e o meu corpo precisavam, de modo a acalmarem um bocadinho.

Exercício!!

Honestamente, nem sei há quantos meses eu não me mexia minimamente, para além da caminhada do escritório até à estação. E foi então que percebi as saudades que tinha, efectivamente, de quando corria.

A minha história de amor com a corrida é uma história longa e complexa. Toda a vida odiei correr. Mas, ódio a sério! De cada vez que nas aulas de educação nos diziam que tínhamos que correr, ficava logo com dor de burro. Só de pensar...eu...ficava...com dor de burro. E depois a falta de ar, e sentir que os pulmões me estavam a arder. Afinal, descobri há coisa de 2 anos, que este ardor não era só a minha gordice. É verdade, eu afinal sou asmática! Fantástico.

Mas como é que de repente, comecei a amar a corrida? Bem, houve uma altura em que tive uma colega minha que era tão estúpida, mas tão estúpida, mas tão estúpida... que um dia depois de fazer turno com ela, cheguei a casa, calcei os ténis, agarrei no MP3 (sim..foi há muito tempo) e saí porta fora para ir correr no bairro. Claro que foi mais andar do que correr, mas a corrida foi alimentada por uma raiva que ardia com fulgor. E essa raiva... essa raiva, esmoreceu. E fiquei calma e zen. E assim começou a minha paixão pela corrida.


Claro que apesar do meu amor, por vezes fico sem correr. É que para além da asma me dificultar a vida, de vez em quando fico aflita do ombro quando corro durante algum tempo. Já andei na fisioterapia, e disseram-me que talvez tivesse a ver com a minha postura. Não sei. Mas que dói para xuxu, dói.
 
Para além da corrida, também sou fã dos vídeos de Youtube de diferentes tipos exercícios (por exemplo as meninas da Tone it Up) e de aulas de Yoga (da grande menina Adriene). Para além de eu própria ir inventando coisas para fazer, com todo o material que fui comprando ao longo dos anos. Sei que dito assim parece que sou uma dessas babes do fitness. Não sou. Não sou, até porque normalmente só me mexo quando a ansiedade começa a sufocar-me.

Por isso o mais importante, aqui a reter é:

Quando sentem a ansiedade a surgir, qual sombra odiosa, exercício é das coisas mais importantes que podem fazer.

Qualquer que seja o tipo de exercício:

Corrida
Cross-fit
Yoga
Artes Marciais
Ciclismo
Zumba

O importante é fazer exercício! Até porque não se esqueçam que:



O marido/mulher/namorado/namorada/família agradecerá de certeza

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Imagem da Semana

 
Como eu imagino os meus orientadores, quando estão a ler o que eu lhes envio
 
Samuel Johnson

 

domingo, 10 de setembro de 2017

Ataques de ansiedade

Ao longo do período em que comecei a escrever a tese, tem sido sempre uma luta psicológica imensa. Sempre que chego ao ponto em que é suposto passar o meu trabalho para as mãos de outra pessoa, começa a cair em mim um sentimento de pânico. Este sentimento aumentou desde que estive com a única colega, que até agora, terminou o nosso curso. Desde que ela me disse que assistiu a algumas defesas de pessoas que estiveram muito próximas de reprovar, que a nuvem negra voltou e está constantemente a suspirar-me aos ouvidos "Não vês que não vais conseguir? Não vês que mesmo que os orientadores sejam loucos o suficiente para deixar que entregues a tese neste estado, chegas ao júri e vais ser trucidada?".
 
Como é que esta nuvem se manifesta a nível físico? Vontade de comer muito, muito, pão. Tremores constantes. E, o pior de tudo, uma falta de ar como se fosse morrer neste momento.
 
Para piorar as coisas, as minhas alergias estão cada vez mais sensíveis e a alergia à linhaça e a outros produtos estão a dar comigo em doida. No último mês devo ter ido às urgências umas 3 vezes, porque a língua incha-me e parece-me que a garganta vai fechar. Ontem tomei um spray relaxante para dormir, de florais Bach, e o raio do spray tinha qualquer ingrediente que a minha garganta não gostou. Quando liguei para a saúde 24 estes assustaram-me de tal forma que ainda hoje pelas 15hrs continuo com estes "ataques de pânico" em que já não consigo distinguir se a dificuldade em respirar é real ou psicológica. O pior é que com isto não sei quem sofre mais, se eu, se o pobre marido que tem que andar sempre a correr comigo para o hospital e que se aflige quando eu digo que me falta o ar.
 
Mas eu sou forte. Sou forte e não desisto facilmente. Qualidade ou defeito, por muito que sofra e que pense que vou morrer, não desisto. Mesmo quando penso que não aguento mais, no último segundo ganho forças para lutar. E é por isso que mais depressa compro uma máquina que seja capaz de analisar o nível de oxigénio, para distinguir entre ataques de ansiedade e problemas reais com a asma/alergias, do que atirar a toalha. Estou muito próximo. Tão próximo...
 
Inspira. Expira. Inspira. Expira.

quarta-feira, 30 de agosto de 2017

Todos os Dias

Trabalhem na tese todos os dias!
 
Meia hora pelo menos. Por muito ocupados que estejamos, meia hora é sempre possível de encaixar.
 
Escrevam. Se não conseguem escrever, leiam qualquer artigo ou livro importante. Se não têm vontade de ler coisas académicas chatas (sejamos honestos... muita coisa é extremamente chata), façam qualquer outra das mil e quinhentas tarefas relativas à tese (que não são muito melhores, mas que quanto mais adiamos pior é), como por exemplo:
 
  • Bibliografia
  • Verificar referências
  • Verificar se todas as referências que aparecem no texto estão na Bibliografia
  • Procurar novos artigos / livros, que poderão ser interessantes, no Google
 
 
 
Não conseguem imaginar a diferença que faz, a todos os níveis. Não só vão avançando (mesmo que seja devagar, o importante é avançar), como até a nível da criação do hábito de trabalhar na tese todos os dias (e hábitos, ganham à motivação) vai ajudar na diminuição da ansiedade que sentimos.
 
ESTAMOS JUNTOS!

segunda-feira, 28 de agosto de 2017

Alergias e Ataques de Pânico - Um fim-de-semana excitante

Estão a ver aquelas crianças que, nos filmes, vivem em redomas de vidro? Em que nada, nem ninguém, lhes pode chegar perto que começam logo a sangrar do nariz? Em criança eu apenas tinha 2 problemas: se apanhasse muito sol sangrava do nariz e tinha eczema nas mãos.
 
Era basicamente isto.
 
Agora aos 30, tenho eczema NO CORPO TODO (e ai de mim que use o produto errado), asma, intolerância à lactose e alergias com fartura. Acho que de tudo, mesmo assim o pior, são as alergias. Em especial à alergia à linhaça (que descobri este ano). É que quando tenho o azar de comer linhaça (que hoje em dia está em tudo o que é "saudável", raios os partam a todos) começo a sentir uma comichão estranha na garganta, que me dá tosse. Depois, parece que me custa a engolir. E depois (cereja no topo do bolo), sinto que a garganta começa a inchar. Este ano já são 2 vezes que vou ao hospital receber anti-histamínico intravenoso. A última vez, foi na sexta-feira. Acho que foi um sinal de Deus para eu perder o hábito de comer tostas à meia-noite de sexta. Então não é que o raio do pão (O PÃO, SENHORES, O PÃO!) tinha linhaça na composição, maaaas não aparecia nos ingredientes listados? Espectacular. Segundo o médico que me atendeu nas urgências, é uma prática muito comum...
 
 
 
O pior disto é que no sábado, passei o dia assim um pouco ganzada (e não estudei nada) e talvez pelo facto de não ter estudado, e da paranóia da possibilidade da garganta fechar (claro que não iria fechar, porque eu já tinha tomado tanta medicação que a garganta já estava quase no seu estado normal) comecei a ter uns ataques de ansiedade que incluiam IMENSA falta de ar, e o coração a bater tão depressa que depois entrei na paranóia de "Oh meu Deus, vou ter um ataque cardíaco!!". Com isto, vêm as tonturas e as pernas a tremer. Uma panóplia de coisas boas.
 
 
 
Estão a ver quando pegam ao colo, num animal pequeno, como um coelho ou um hamster, e sentem o coração deles a bater como louco? O meu estava assim. Claro que isto não é nada demais, é apenas uma resposta do corpo a um período de stress, mas isto somos nós a pensar de modo racional. Coisa que nunca conseguimos fazer naqueles momentos.
 
 
Quando fui para a cama, fiz uma sessão de meditação contra a ansiedade (afinal o Headspace ao fim de 10 sessões gratuitas passa a ser pago, por isso já subscrevi um podcast de meditação) e a coisa parece que acalmou um pouco. Mesmo assim só adormeci depois das 02 da manhã, porque continuava a sentir o coração a querer romper-me o peito.
 
E tudo isto, porque aqui a lontra decidiu comer uma tosta à meia-noite de sexta para sábado...

sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Self Care: Meditação

Voltando ao tema "como combato a minha ansiedade" hoje venho falar sobre uma das ferramentas mais importantes nesta luta: Meditação.

Juntamente com as minhas sessões de hipnoterapia, comecei a meditar. Instalei uma app em português (do Brasil) chamada Meditare e com esta aplicação conseguir iniciar-me na prática. Depois disto, uma vez que infelizmente a app apenas tem meditações acompanhadas até 15min, encontrei um centro de meditação junto ao meu trabalho e todas as semanas, durante a minha hora de almoço, ia fazer uma sessão de uma hora.

Aos poucos, conseguia ir fazendo já as sessões em casa, e sem necessidade de serem acompanhadas. Por vezes sem música. Só mesmo eu, a minha respiração e a minha japa mala (o colar de contas de madeira, utilizado na meditação, que inspirou os primeiros Cristãos a criar o terço).

A meditação é uma prática que, se formos fazendo todos os dias, vai ficando cada vez mais fácil. Inicialmente eu tentava concentrar-me somente na respiração, depois disso no mantra que escolhi e depois com as minhas sessões de hipnoterapia em que a minha amiga me disse para tentar fazer autohipnose (que é mais ou menos meditação, mas concentramo-nos  numa "imagem" daquilo que queremos alcançar) e assim, aos poucos, fui ficando cada vez mais segura da minha prática e cada vez menos ansiosa.

Os beneficios da meditação têm sido estudados por cientistas, e está comprovado que tem inúmeros aspectos positivos, tais como:

  1. Aceleramento da Capacidade de Processamento Potencial do Cérebro
  2. "Aumento" do Cérebro (em áreas-chave do mesmo)
  3. Melhoramento da Memória de Curto Prazo
  4. Ajuda a prevenir envelhecimento do Cérebro
  5. Supressão de sentimentos de ansiedade
  6. Melhoramento da concentração
  7. Controle dos vícios
No entanto, a meditação tem um problema. Tem de ser praticada todos os dias! Se não formos fazendo todos os dias, os beneficios acabam por se perder e o nosso cérebro volta aos seus vicios antigos. Nestas férias, com a preguiça de "estou tão cansada que quero é dormir" e com o meu vício de "eu já estou bem e não preciso mais de fazer mais meditação", deixei de meditar e aos poucos, a minha ansiedade começou outra vez a surgir. Por isso quis voltar à prática que tão bem me fazia e que estupidamente abandonei. Como voltei? Como não queria estar armada em "ah, eu já fiz não preciso começar do zero" instalei a app Headspace que para além de fazer a contagem dos dias e minutos que já meditámos, também vai explicando o que é a meditação, quais os beneficios e como devemos iniciar a prática. Para além disso, a app instala automaticamente na nossa agenda do telemóvel um memo para que não nos esqueçamos de meditar todos os dias (a uma hora que nós poderemos escolher). Para os beneficios serem maiores, convem ser sempre à mesma hora, mas eu sou rebelde e faço sempre é quando estou a preparar-me para ir dormir. Até agora estou super fã desta app e caso consiga continuar a utilizá-la sem fazer o upgrade para o serviço pago, é o que vou fazer.


Meditação não obriga a que se tornem membros de nenhuma religião. Meditação é uma prática de nós para nós.

Experimentem.
 

Deixo abaixo, alguns links, caso queiram ver videos e ler artigos sobre este assunto, ou experimentar as apps:

Meditare

Headspace

Beneficios da Meditação

7 beneficios comprovados

How to Meditate for Beginners - vídeo

How Meditation can Reshape your Brain - TedTalk - vídeo

Debunking the 5 Most Common Myths about Meditation - TedTalks - vídeo


quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Mestrado e Doutoramento e a Saúde Mental

Muitos estudantes dos chamados estudos pós-graduados (a nível de mestrado e doutoramento) acabam por enfrentar alguns problemas a nível da saúde mental. O maior dilema que depois enfrentamos, é que mesmo em pleno século XXI este assunto ainda é um assunto tabu. Como é tabu, muitos de nós acabamos por sofrer em silêncio sem nos apoiarmos sequer nas nossas famílias (que muitas vezes não percebem sequer como é possível termos problemas de saúde mental, se não somos "maluquinhos").

Por causa disto, vamos reprimindo aquilo que sentimos, acabamos por criar um monstro cada vez maior que acaba por nos toldar totalmente a mente ao ponto de criar problemas graves como a depressão.
 
Como isto é um problema geral, achei por bem falar aqui dos passos que dei que me ajudaram. Já tenho falado sobre o assunto, mas agora irei falar mais sobre aquilo que podemos fazer para combater os sentimentos negros que nos afligem.
 
 
Eu sofri (e sofro) com Síndrome do Impostor e Ansiedade. Sempre fui uma pessoa ansiosa, mas com o doutoramento as coisas chegaram a um ponto que eu já não aguentava mais. E como não aguentava mais, procurei ajuda.
 
Fonte: http://www.boredpanda.com/mental-illnesses-illustrated-by-monsters-by-toby-allen/
 
 
No meu caso, tenho uma amiga que estudou Hipnoterapia e tive algumas sessões com ela. Não consigo frisar o quão importante ela foi para mim. As sessões de hipnoterapia fizeram-me perceber quais eram os sinais que me faziam despertar a ansiedade e o porquê. Ao percebermos o porquê, conseguimos perceber que não fazem sentido os nossos medos. Não fazem sentido, porque se estamos neste ponto da "carreira" académica, é porque merecemos. Se estamos neste ponto, é porque queremos ali estar. E quase sem sabermos como, ao perceber estas pequenas coisas, soltam-se as amarras e subitamente temos forças para mergulhar nos livros com outra força. Não é que subitamente tudo fique fácil, não. Mas não temos mais ataques de pânico ao lermos artigos académicos, nem palpitações ao tentarmos escrever algo. Poderemos continuar a sentir um nervoso miudinho, mas é um nervoso saudável.
 
Por isso, o meu melhor conselho é:
 
Procurem ajuda!
 
Quer seja um amigo-confidente, quer seja um psiquiatra, um psicólogo, um hipnoterapeuta... qualquer pessoa que vos possa ajudar realmente a perceber o que se passa convosco e quais são as razões que vos levam a sofrer. Ao ficarmos a conhecer os nossos monstros pessoais, conseguimos combatê-los melhor.

Alguns artigos sobre o assunto:

There is a culture of acceptance around mental health issues in academia

Mental health: a university crisis

Ph.D. students face significant mental health challenges

Tips on looking after your mental health as a PhD student


 

terça-feira, 22 de agosto de 2017

Os erros das férias - ou como não gozar as férias quando se é doutorando

Antes de ir de férias, eu tenho sempre planos grandiosos de como irei trabalhar na minha tese. Penso sempre "Todos os dias irei fazer qualquer coisa! Qualquer coisa! Seja ler um artigo, ou escrever".
 
Depois chegam as férias.
 
E aquele homem maravilhoso que tenho em casa, olha para mim e pergunta: "Queres ir passear?"
 
Dentro da minha cabeça, começa o seguinte diálogo:
 
"O que fazer? Meu Deus, o que fazer?? Ficar em casa e obrigá-lo a gastar as férias em dias em que nem sai de casa ou sair e não mexer nas coisas da escola? Podemos sempre ir passear e depois à noite quando chegarmos vou estudar. É isso. Vamos passear e depois logo à noite eu estudo. Eu até sou mais produtiva à noite do que durante o dia."
 
E saímos de casa para ir passear.
 
Agora, por favor tomem nota de que quando saímos para passear, habitualmente o que gostamos de fazer é andar a pé/fazer caminhadas. No primeiro dia de férias, entre deixar o carro junto à estação de Sintra, ir a pé até ao Castelo dos Mouros, percorrer cada centimetro do parque envolvente e do próprio castelo, e ainda descer à vila e passear até encontrar um restaurante... foram 17kms. Acho que não preciso de explicar que ao chegar a casa, só tinha forças para me arrastar para o sofá e adormecer, qual velhota, enquanto ele via televisão.
 
Isto foi o resumo do que aconteceu todos os dias, durante uma semana.
 
A segunda semana de férias, foram passadas na casa de familia. Levei 2 malas só de livros e cadernos, mais a mala do computador. A vontade estava toda lá, para todos os dias enquanto eles dormissem a sesta eu ia mergulhar nos livros. A vontade estava toda lá. Mas depois de comer (e beber, cof cof) belos almoços, em dias de cerca de 40ºC.... a vontade rapidamente desaparecia e era trocada pela revigorante sesta. E isto foi a segunda semana de férias.
 
Resultado final:
Lazer: 15
Produtividade: 0


Adorava ser uma pessoa cheia de força de vontade e capacidade de por o trabalho à frente do lazer, a sério que sim. Mas acho sempre que vou estar a prejudicar quem não tem culpa nenhuma de eu estar a estudar e... pronto...


segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Academic Writing - parte 2

Subitamente hoje percebi que desde Julho nunca mais aqui tinha escrito.

E como tinha prometido, à minha legião de leitores (uuuuh tanto silêncio que até consigo ouvir os grilos, aqui no bulício da cidade) que aqui iria falar sobre o que aprendi no curso, e por isso aqui vão as melhores e mais importantes dicas:
 
Dica 1:
  • Cada parágrafo apenas deve tratar uma, e apenas uma, ideia! O ideal é que a primeira frase faça ligação ao parágrafo anterior e a última faça a ligação ao próximo, mas ao longo do parágrafo falar apenas sobre uma ideia! Cada parágrafo não deve ser tão grande que ocupe uma página, nem tão pequeno que consista  numa ou apenas duas frases.
Isto é dificil para mim, porque sendo filha das Humanidades, adoro uma boa navegação na mayonnaise enquanto escrevo. Por acaso, sem saber como, aquilo que escrevi até agora tem sido dentro desta regra, mas agora que estou mais consciente deste facto acredito que me irá ajudar.
 
Outra dica importante e outro erro meu,
 
Dica 2:
  • são as frases longuíssimas e com as vírgulas nos lugares errados (como certamente já perceberam).
Não sei porquê, mas sempre tive este problema. Ainda me lembro de uma professora de português, vermelha como um tomate dos nervos que eu lhe dava, que me tentou explicar que "se uma frase ocupa mais do que uma linha e meia, não pode ser!!!". Talvez seja o Saramago que há em mim, mas sempre adorei escrever estas frases enoooooormes, sem pontuação, até que chega a um ponto em que já nem se percebe qual é o objectivo da mesma. Eu sei. Sou uma escritora fenomenal. Venha o Nobel.
 
Dica 3:
  • Esqueçam os floreados e escrevam assertivamente e directos ao assunto
Ah, longe vão os tempos em que eu tinha boas notas a Filosofia porque era capaz de divagar sobre o mesmo assunto, durante páginas e páginas e páginas... Mas por acaso floreados nunca foi o meu forte. Aliás, odeio escritores que se esforçam horrores por usar palavras caras. E como não tenho paciência para ler essas coisas a que chamam escrita, também não costumo (acho eu eheheheh) gastar o meu tempo nisso.
 
E pronto, da semana de aulas acho que estas foram as principais ideias a reter. Tudo o resto teve mais a ver com a gramática inglesa e por isso acho que não fará muito sentido escrever aqui sobre isso.
 
 
Boa escrita!!


terça-feira, 11 de julho de 2017

Academic Writing

Ontem foi a primeira aula do curso Academic Writing.
 
Assim que a professora disse olá, estremeci toda. "Oh meu Deus, a senhora é escocesa!!" pensei eu. Mas vá lá, até consegui perceber bem o sotaque dela, e segui a aula sem problemas.
 
A aula foi muito prática, o que é excelente (o  que não foi tão excelente foi o facto de sermos 16 pessoas, todos encafuados numa sala minúscula onde só ligaram o AC depois da professora ter ido pedir). Fizemos imensos exercícios de detectar erros e de distinção estilo formal de informal. O pior foi o tpc - biografia académica.
 
Porquê o pior? Bem, tenho 3 razões:
 
1º) Não tenho grande coisa para escrever
2º) Não tenho grande coisa para escrever
 
e finalmente
 
3º) Não tenho grande coisa para escrever
 
 
Nem consegui atingir a meta das 150 palavras.
 
Depois de uma segunda-feira a acordar às 06 da manhã, um dia no escritório a todo-o-gás e uma aula destas, quando cheguei a casa parecia um membro do elenco do Walking Dead.
 
 
 
P.S. Acho que as minhas colegas de carteira não ficaram muito impressionadas com a frase que fui repetindo, diversas vezes, ao longo da aula : "Já não consigo pensar. O que acham?"

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Sonhos de estudante

Este fim-de-semana foi um flop. Estive doente e com febre consigo fazer pouco mais do que dormir. Mas hoje, hoje, dá-se inicio ao curso de Academic Writing.
 
Vai ser uma semana totalmente estafante, uma vez que vou estar a entrar às 08 da manhã, sair às 17, entrar no curso às 18 e sair às 21. Chegar a casa e não chegar... Basicamente vou chegar a horas de me deitar e repetir tudo novamente.
 
O que vale é que para a semana começam as férias e desta vez vai ser um retiro de escrita (em casa.... mas não deixa de ser um retiro) do qual espero que não tenha muitas tentações que me roubem a atenção. É por isto que adorava poder escapar para um retiro a sério. Onde não tivesse que me preocupar com limpezas, nem refeições. Um pouco como a Emma Cole conseguiu. Desde que vi este vídeo que sonho com uma oportunidade destas.

 
Tenho muita pena que não exista uma fundação destas para quem estuda turismo, mas com a quantidade de livros que já comprei sobre Turismo, Hotelaria, Informação e Comunicação, qualquer dia quem inicia este tipo de fundação cá em Portugal, sou eu.
 
 
Para mais informações, fica aqui o link da fundação:
 

segunda-feira, 3 de julho de 2017

Just Keep Writing, Just Keep Writing

O meu marido já há muito tempo que me dizia que assim que eu começasse a escrever, iria sair do pântano onde tinha caído. E não é que, como sempre, ele tinha razão?
 
Não é que já tenha escrito metade da tese, nem nada que se pareça, mas já escrevi mais de 2.000 palavras.
 
É A LOUCURA!
 
 

 

quinta-feira, 29 de junho de 2017

Bipolaridades Doutorais - a Fase Maníaca

Agora que o computador já fez todos os updates, consegui sentar-me com calma e comecei a escrever.

E escrevi, e escrevi, e escrevi até que de repente estava escuro na rua.

Vá...ok...foram só 400 palavras. Mas para quem esteve num deserto de escrita académica durante tantos meses (cof cof Anos cof cof), 400 palavras é digno de celebração! É digno de dança à volta da mesa. É digno de uma ovação!

E vai que hoje encontrei uns artigos que me podem ajudar a concluir este sub-capítulo ainda esta semana.



quarta-feira, 28 de junho de 2017

Explosões de Raiva e o porquê de muitos Doutoramentos terminarem em divórcio

Após o jantar desceu em mim uma inspiração súbita para reescrever e reestruturar o Capítulo 1. Liguei o meu pequeno portátil e ao fim de uns quantos minutos, foi finalmente possível abrir o Word. Consegui, literalmente, escrever uma frase até que pediu uma actualização.

Gravei a frase e fiz a actualização.

Reiniciei o computador.

Voltei a esperar não sei quantos minutos até conseguir abrir o Word.

O ficheiro de Word passou a ser somente de Leitura e não me deixava alterar para o modo Edição.

Não consegui escrever uma única letra.

Respirei fundo.

Insultei o computador.

Insultei o meu marido, que escolheu o computador.

Tentei escrever uma letra com outro teclado.

Insultei, com muito mais vigor, o meu computador.



Insultei, ainda com mais vigor, o meu marido que me disse que a culpa era minha porque há demasiado tempo que não ligava o portátil e por isso deveriam existir dezenas de actualizações a serem feitas.

Insultei o meu marido com todas as minhas forças. Basicamente culpei-o de tudo o que de mal existe no mundo.

Chorei de raiva.


Desliguei o portátil.

Chorei ainda mais de raiva.

Fiquei a ver televisão até às tantas da noite, para tentar acalmar a raiva.

Deitei-me com vontade de explodir com o mundo.

Antes de adormecer, insultei o meu marido e o portátil, só um bocadinho mais.

Acordei 5 horas depois com dor de cabeça, zonza e com um sentimento de arrependimento que penso ser compatível com o que algumas pessoas que beberam uns copinhos a mais na noite anterior, e não sabem muito bem o que fizeram, de certeza sentem pela manhã.

Chego ao trabalho e oiço um vlog sobre Doutoramentos e as Relações onde dizem que uma grande percentagem de alunos de doutoramento passam por divórcios. E percebi porquê. Juro que percebi porquê.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Por favor, não me peçam autógrafos

Ora bem, ontem descobri que fui citada num artigo cientifico.

Nada demais, nem sequer foi uma citação da minha genialidade, apenas um "(...) tal como foi provado por investigadores portugueses (o meu orientador, a minha orientadora, MOI MÊME: 2011; pessoal que não conheço, pessoal que não conheço: 2007)"



quarta-feira, 14 de junho de 2017

Ideias Geniais ou Como Acabar a Tese este Ano


Uma resposta

Como já aqui escrevi, estas últimas semanas têm sido de contemplação. Não conseguia decidir se deveria ou não continuar e o stress começou a amontoar-se. Chegou a um ponto que tive mesmo que marcar uma consulta no Gastroenterologista porque não conseguia já aguentar as dores. E sim... em princípio é do stress.
 
Já há uns meses fui ao médico com dores no peito e qual o diagnóstico? Stress.
 
Também tenho tido dores de cabeça super fortes e noites em que durmo umas 04 horas (isto vindo de uma pessoa que acha que 08 horas é ter insónias).
 
 
 Ou seja, a tese está a tentar matar-me!!!
  
Mas, agora decidi também ir por outro caminho que me está a ajudar imenso: a Hipnoterapia.  Nas nossas sessões primeiro conseguimos perceber o que me estava a bloquear e agora consegui definir se deveria prosseguir ou não. A verdade é que, tal como percebi, investigação e escrita são duas coisas que amo de todo o coração e que me dão imensa alegria. Há muitos anos que a profissão que almejo é ser professora, pois ensinar é algo que me dá bastante gozo (apesar de me enervar imenso com alguns estagiários). E se deixasse este projecto para depois, talvez não conseguisse regressar e será que depois sentiria que a minha vida estava completa?

Ao tentar visualizar o meu futuro profissional, aquilo que me daria mais alegria e realização pessoal, seria sem dúvida conseguir começar a dar aulas e quem sabe escrever!

Por isso... serei eu capaz de entregar a tese até ao Natal??



(Atenção, eu nunca disse que tenho jeito para isto da escrita. Só estou a dizer que é algo que gosto bastante de fazer e que sempre utilizei como ferramenta de combate à ansiedade.)

quinta-feira, 8 de junho de 2017

O Pântano da Tristeza

Uma prova de que todos nós passamos pelos mesmos problemas, neste mundo das teses de mestrado e doutoramento é a quantidade de artigos e vídeos que contam as batalhas que são em tudo semelhantes às minhas.

Encontrei mais um (creio que nos comentários do vídeo anterior) que deixo aqui.

As partes que creio que sumarizam tudo o que nós vivemos e sentimos são:

"Students are far more likely to not complete a thesis than to fail. Part of the reason for this is what I like to call the swamp of sadness. The swamp of sadness comes from the kids book The Never-ending Story. "
 
"Atreyu knows that the swamp of sadness will only suck you down if you stop believing you can walk through the swamp. He’s a hero. So while he is not happy about the swamp, he keeps walking, he’s muddy but moving."
 
"Now, every thesis journey, like any good hero’s quest, has some kind of swamp.
The swamp is usually a period where everything seems too hard, and to just moving forward is a struggle. The swamp is in your mind, but that is of course the worst place for it.
 
If you stop walking at this point, you will sink."
 
"My extensive knowledge of fantasy books tells me that when you start to sink into a swamp one of three things will happen:
  • You will panic, and thrash around and make a lot of noise and just make yourself sink faster.
  • Or you will freeze and sink quietly, with no one noticing you are even in trouble
  • Survivor types, however, tend look for a rope."
 
"The last point shows that you don’t actually have to be a hero to survive the swamp. It’s always possible to be rescued, because even if you stop believing in yourself you can still believe in the rope, and the rope will help you keep walking."
 
"What’s the rope? Well, it could be anything. This blog, a conversation, a paper to read… Often though it’s just some timely advice from a teacher. Now the best teachers can make you believe that are throwing you a rope, but not if you don’t let them convince you. (Which is why the people you surround yourself with in your thesis journey are crucial. Cultivate those who can throw you the best kinds of rope, so you can more easily believe in their rope.)"
 
"You have to pull yourself out of the swamp. This sucks, because it’s difficult, slow, hand-over-hand, gritty, horrible work, and you will end up very muddy. But I think the muddier the swamp, the better the learning really. I suspect the best kinds of teachers have themselves walked through very horrible swamps"

Fonte: Thesis Whisperer

How to Finish Your PhD Thesis in 6 Months Even If You Have No Idea What ...




Achei que seria interessante colocar aqui no blog para quem quisesse ver o vídeo.

Anular ou não anular, eis a questão.

Hoje descobri um vídeo no Youtube (ferramenta mais queriducha do meu coração) que me deu alguma esperança:
 
 
Um exemplo que o autor Scott Rank deu foi Isaac Asimov e Ernest Hemingway. Dois dos melhores e mais proliferantes autores da História (talvez juntamente com Stephen King). O exemplo dado foi que estes 2 escritores eram conhecidos por explicarem que acima de tudo escreviam todos os dias e escreviam rapidamente. Primeiro concentravam-se em pôr ideias no papel e só depois é que editavam e articulavam melhor as ideias.
 
 
Parece-me interessante, por isso decidi criar um desafio a mim mesma: caso eu dê por, finalmente fechado, o Capítulo 1 até o final deste mês voltarei a inscrever-me mais um semestre. Mas apenas 1 semestre. Custa-me desistir de uma coisa que faz parte de mim e onde já gastei tanto dinheiro.
 
 
Segundo o Scott, como percebemos que o capítulo está pronto para entrega? Quando já só mudamos pequenas coisas no texto, como virgulas e alteramos apenas uma ou outra palavra. Quando reescrevemos a mesma coisa, uma e outra e outra vez a mesma coisa... está pronto.
 
Scott Rank também explica que quando um capítulo parece errado, melhoramos mais a retirar todo o glitter que está a mais, do que a acrescentar mais glitter literário. Para melhorar um texto, devemos sempre cortar cerca de 10% do texto para que este fique mais perceptível, directo e simples.
 
Está decidido!
 
 
 


quarta-feira, 7 de junho de 2017

Atirar a toalha?

Foi no início de Junho que pensei: "Merda. Já estamos em Junho? Mês 6? Tipo... MEIO DO ANO? UM MÊS DA DATA DE ENTREGA?!? E EU AINDA NÃO TENHO O CAPÍTULO 1 FINALIZADO COMO QUERO???? AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH!!!"
 
E pronto... foi aí que comecei, seriamente, em pensar em anular tudo. Será que vale mesmo a pena andar a gastar este rio de dinheiro e nunca avançar nas coisas? Estou vai para 03 anos de volta de uma tese horrenda que parece que me engole como areias movediças. Mesmo quando o que escrevo não me parece horrível de todo, sei que poderia estar mil vezes melhor e mais completo. E já não sei como fazer. A minha motivação e pica do início do curso, já se extinguiu.
 
 
E só penso que enquanto andar a perder tempo com isto, é dinheiro que gasto que poderia ser poupado, é tempo que perco que poderia ser aproveitado a construir uma família, é sanidade mental que perco... e pronto. Estou mesmo muito próxima de simplesmente anular a inscrição. Sei que se depois eu quiser voltar, com esta tese poderei fazê-lo até 2019. Ou seja, teria pelo menos 1 ano "sabático" para repensar a minha vida.
 
Por outro lado, se desistir sinto que falhei. Falhei a mim mesma, falhei ao meu marido, falhei à futura família... simplesmente falhei. E isto nunca me aconteceu e não sei como lidar com este sentimento. As únicas coisas na vida, que sempre desisti, foi de ginásios. Ou seja, uma parte de mim a que não dou grande importância. Nunca desisti / falhei, numa coisa a que dou bastante importância e que quase me define enquanto pessoa. Quem serei eu se não estiver a estudar? Quem raio é a louca da tese, se não estiver a estudar, quando isso faz parte da sua pessoa há 26 anos? Praticamente desde que entrei na 1ª classe que estive sempre a estudar. O único ano que "perdi" foi porque me inscrevi num doutoramento que depois não se iniciou por falta de alunos. Se a única carreira que tive (e provavelmente terei) na vida acabar desta forma, o que sou eu? Uma falhada. É isso... Ah tá, 'brigada.
 



quarta-feira, 24 de maio de 2017

O que fiz nas últimas semanas


Ora bem, a minha voz interior dizia:
 


Mas na realidade o que eu fiz foi:




Eu sei.

Embora não pareça.

quinta-feira, 20 de abril de 2017

Resumo das últimas semanas

Eu olho para a papelada e para o trabalho que tenho para fazer e penso


E vou fazer coisas muito mais divertidas, como limpeza da casa, cozinhar, comer, fazer exercicio, pintar, jardinagem, passear, ver vídeos no Youtube, ver filmes, ver séries....


quarta-feira, 22 de março de 2017

terça-feira, 21 de março de 2017

Ainda da BTL

Enquanto trabalhava na BTL, tive a sorte de encontrar um dos meus professores do curso de Doutoramento.
 
Chorei um pouco no seu ombro, desabafei alguns dos meus problemas, e o seu apoio deu-me logo mais motivação para ter a coragem de tentar acabar. E consegui perceber outra coisa, se eu de facto tivesse a possibilidade de ter mais reuniões (como alguns orientadores que têm reuniões semanais / quinzenais / mensais com os seu orientandos) talvez já tivesse tido a força de acabar isto há muito.
 
Não estou a dizer que a culpa de andar a arrastar é dos professores, mas quando não nos sentimos 100% apoiados por aqueles que deveriam ser os nossos líderes as coisas acabam por esmorecer um pouco. Acabamos por cair no poço da dúvida existencial. E vivemos assoberbados pela incerteza. Mas enfim, desistir JAMAIS
 
 

segunda-feira, 20 de março de 2017

Resumo da Semana

Esta semana vi uma noticia no jornal municipal sobre um Prémio Literário.
 
Evidentemente senti logo uma inspiração súbita e numa tarde escrevi o primeiro rascunho.
 
Tivesse eu TANTA inspiração para a tese e já tinha acabado há coisa de um ano.
 
Mas também li um artigo sobre epistemologia, e visto que este foi um fim-de-semana em que tive que ir trabalhar para a Bolsa de Turismo de Lisboa o facto de ter conseguido ter forças para tal é muy bueno!


Sim. A coroa é minha.

quinta-feira, 16 de março de 2017

É ciência ou não?

Uma das dificuldades com a minha tese, reside no facto de eu estar a investigar um tema na área do Turismo.
 
Porquê é que existe esta dificuldade? Porque apesar do turismo ser uma actividade centenária, e existir investigação nesta área há já bastante tempo, é uma área científica em que continua a não existir um consenso universal. Nem nos conceitos, nem nos métodos de investigação. Ou seja, apesar do esforço e do trabalho genial de imensos investigadores ainda não é considerada Ciência.
 
E se na minha tese de mestrado o primeiro capítulo centrou-se na História do turismo, agora na tese de doutoramento eu caí na toca do Coelho Branco ao tentar perceber se devo definir o turismo como uma actividade, um sector, uma indústria ou um fenómeno.
 

Se acho interessante este aspecto de investigação? Acho! Aliás quando consigo ter coragem de agarrar nos artigos e nos livros, acho mesmo muito interessante! Tão interessante que já pensei em depois fazer um artigo cientifico apenas sobre este tema. Mas tenho tantas teorias e tantos pontos de vista que acho que me perdi neste País das Maravilhas que é o Turismo.


Por favor, enviem ajuda!

terça-feira, 7 de março de 2017

O que é a Ansiedade (parte 25ª)

Esta semana o meu marido pediu-me para eu definir o que é ansiedade.

Eu comecei por dar os meus sintomas base:
  • falta de ar
  • dores no peito
  • diarreia
  • queda de cabelo
  • vozinha irritante que me diz que mais vale desistir porque sou uma incapaz
Ao que ele me responde:
- Mas isso não é ansiedade. Isso chama-se nervosismo!

- Não. Nervosismo é uma coisa momentânea, que tem uma duração máxima de, sei lá, um dia ou dois. - respondi eu

- Exacto...

- Nervosismo é momentâneo. Ansiedade parece quase perpétuo! É um nervosismo de longa duração.

Se eu sou capaz de explicar isto de forma tão básica, porque raio não sou capaz de definir a porcaria do meu capítulo 1?!?! PORQUÊ?!




(estão a ver... isto é ansidade. Devia ter ido para Psicóloga. Bolas).

Imagem da Semana


segunda-feira, 6 de março de 2017

Resumo da Semana

Não sei bem o que se passa, se será por causa da ansiedade ou não, mas ando com imensa dificuldade em ler artigos em inglês e espanhol. Pura  e simplesmente bloqueio e sou capaz de perder uma tarde inteira com um só artigo.
 
Como forma de combater a ansiedade, ando a tentar a "terapia com arte" e até ando um bocadinho obcecada com aguarelas. Para alguém que não tem jeito nenhum para Arte a aguarela é uma técnica que pode ser bastante fácil, dependendo do tema que se escolhe. O mais fácil com que me deparei foram as galáxias, e como tal tenho já uma pequena colecção (até porque é algo relativamente rápido de pintar).


 
 
 

Portanto, resumo da semana:
 
Artigos Lidos - 1
Galáxias - 4
 
 
Uhmm.... talvez me deva deixar de pinturas e comece mas é a esforçar-me em melhorar a confiança no espanhol.

 


segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Resumo da Semana

Depois de algum tempo passado a tentar acalmar estes nervos que me assolam e me destroem a sanidade mental, este final de semana consegui voltar a ler artigos e a tirar apontamentos.

  • Apenas consegui ler 2 uma vez que, inexplicavelmente, tive imensa dificuldade com o Inglês
  • Ainda consegui voltar a organizar a secretária do demo

Apesar de tudo, consegui passar o fim-de-semana sem aquela sensação de carregar tijolos no peito, o que já foi fantástico.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2017

Combate à Ansiedade

Buda: 25 Lições para ajudar a eliminar preocupações.

1. Paz vem de dentro, não a procure fora.
2. Quando a mente é pura, a alegria continua como uma sombra que não te abandona nunca.
3. Somos feitos dos nossos pensamentos; convertemo-nos no que pensamos.
4. O segredo para a saúde da mente e do corpo reside em não lamentar o passado, não se preocupar com o futuro, não antecipar os problemas e viver conscientemente o presente.
5. Irritar-se é como segurar um carvão quente com a intenção de jogar noutra pessoa; és tu quem se queima.
6. Seu propósito na vida é encontrar um propósito e dedicar-se a ele com todo o seu coração e a sua alma.
7. Um parvo que reconhece a própria loucura é um sábio, enquanto que um parvo que pensa ser sábio é realmente um parvo.
8.Cada manhã nascemos de novo. O que importa é o agora.
9. Não existe no mundo fogo mais forte que a paixão. Não há tubarão mais feroz que o ódio, nem furacão mais devastador que a cobiça.
10. A felicidade não depende de quem és ou do que tens. Ela depende apenas do que tu pensas.
11. Não serás castigado pela tua ira, mas a tua ira te castigará.
12. Entender tudo significa perdoar tudo.
13. É melhor errar mil vezes chamando um vilão de santo que uma vez chamando um santo de vilão.
14. O ódio não acaba pelo ódio, mas pelo amor.
15. Tudo o que somos é o resultado dos nossos pensamentos.
16. O segredo da existência está em livrar-se do medo. Não tenha medo do que vai acontecer. O seu futuro não mudará por isso, mas o seu presente será mais tranquilo.
17. Não há caminho para a felicidade, a felicidade é o caminho.
18. A dor é inevitável, o sofrimento é opcional.
19. A felicidade não chega para quem não valoriza o que tem.
20. Milhares de velas podem ser acesas com uma vela, e a vida dessa vela não será menor. A felicidade nunca diminui quando a divide com outras pessoas.
21. Da mesma forma que uma mão sem feridas pode tocar o veneno sem medo, não existe mal para o bem.
22. Até mesmo as pessoas mais inteligentes podem virar parvas se não se aperfeiçoam.
23. Uma palavra útil que serve para acalmar é melhor que milhares de discursos feitos de palavras inúteis.
24. Os arqueiros direccionam a flecha; os carpinteiros talham a madeira; os sábios têm disciplina.
25. Ganhe a si mesmo e ganhará milhares de batalhas.