quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Self-Care: A Importância de manter os Hobbies

Desde que as coisas começaram a tomar um rumo para o pior, que deixei de lado uma das coisas que mais amo nesta vida: ler.
 
E isto é um erro. É um erro porque um Hobby é algo que fazemos porque gostamos de fazê-lo. É algo que fazemos, porque nos faz sentir bem. Poderemos dizer que é algo que faz parte da nossa identidade. E ler faz parte de quem sou.
 
Ainda não sabia ler e uma das memórias mais antigas que tenho, é o de convencer a minha mãe a comprar-me um livro do Donald. A Bela e o Monstro fizeram-me sentir que havia mais pessoas que, como eu, amavam os livros! E aquela biblioteca, senhores...aquela biblioteca... ainda hoje quando sonho o que faria com um prémio do Euromilhões, a biblioteca d'A Bela e o Monstro é o que me vem logo à ideia. Ler era das poucas coisas que os professores me diziam que eu fazia bem. Assim que aprendi a ler, comecei a roubar os livros Uma Aventura, ao meu irmão. Depois quando esses acabaram passei para o Júlio Verne. Depois a vizinha do lado casou-se e deu-me todos os seus livros. Livros que já eram antigos e que têm tantos anos nas minhas mãos que hoje em dia já tenho medo de sequer tocar neles, pois parece que se vão desintegrar.
 
 
 
O meu pai nunca foi fã de que eu lesse, porque deveria era ler os livros da escola, e por isso não me dava dinheiro para eu comprar livros. Fiz então uso da biblioteca da minha escola primária e depois da biblioteca da minha escola preparatória. Levei tantos livros que até a bibliotecária já sabia o meu nome. Depois a mãe de uma amiga descobriu que eu gostava de ler, e deu-me acesso à sua biblioteca (escondida na cave). E devo ter lido quase tudo o que era apropriado para a minha idade (ela não me deixava levar qualquer um, não fosse eu ler coisas demasiado fortes). Foi nessa altura que descobri a Enid Blyton e o mundo dos colégios privados ingleses.
 
Depois, ao passar para o Secundário, aproveitava as idas ao Vasco da Gama com as amigas,  para comprar livros com o dinheiro que a família me ia dando no Natal e Aniversário. Não comprava muitos, porque o meu pai ainda não achava muita piada, mas ia construindo a minha biblioteca aos poucos. O meu irmão fez-se sócio do Circulo de Leitores e aí foi a altura que consegui comprar mais livros, com o meu pai a aceitar que eu fizesse a colecção Agatha Christie (e começando o meu caso de amor com o Poirot). Descobri (e fiquei obcecada) com o mundo do Harry Potter (HERMIONE, BATES CÁ DENTRO!), e com as Brumas de Avalon descobri o reino da fantasia celta.
 
Com o passar dos anos, nunca pude ir comprando assim muitos livros, por causa desta pancada do meu pai, por isso ia pedindo livros emprestados a todas as pessoas que eu conhecesse.
 
Na Universidade, ia relendo os que já tinha (todos os anos, no Natal, ainda hoje releio As Mulherzinhas) e pedindo livros emprestados, comprando um ou outro pelo Circulo de Leitores.... mas não tinha assim muito tempo para ler, entre escola e namorado. Sempre foi nas férias de Verão que mais me vinguei desse tempo em atraso, aproveitando as colecções de livros que começaram a aparecer nas papelarias. O maior choque foi quando o meu pai chegou a casa, de surpresa, com o primeiro livro da trilogia Senhor dos Anéis (porque sabia da grande obsessão que eu tinha com o filme, e viu o livro à venda na Bertrand).
 
Depois comecei a trabalhar e a tirar o mestrado, e aí então é que nunca mais tive grande tempo para ler.
 
 
Mas depois casei-me. E passei a ter o meu escritório. E a ganhar o meu dinheiro. E a trabalhar ao lado do Vasco da Gama. E depois surgiu a Wook (livraria online). E os livros com desconto nos supermercados. E enlouqueci. Apesar de não ter quase tempo por causa do trabalho e doutoramento, nestes últimos anos tenho comprados todos os livros que desejei ao longo dos anos, num verdadeiro frenesim. Tenho livros pela casa toda. Já ocupei parte da sala da casa de fim-de-semana dos sogros. Continuava só a ler nas férias de Verão, mas não parei de acumular livros. Compro mesmo livros que já tenho, porque são edições mais bonitas e especiais. 
 
Prenda de Natal/Aniversário? Livros, obviamente!!
 
Tenho hora de almoço livre e tempo para passear? Livraria, evidentemente!

Momento de criar novas tradições familiares com o marido? Visitas anuais à Feira do Livro de Lisboa, claro está!
Mas ler, ler.... andava a ler pouco. Foi por isso que há umas semanas tomei a decisão de voltar a ler, no comboio e antes de dormir. E as saudades que tinha, meus amigos.... as saudades!! Não há nada melhor para acalmar o cérebro, no final do dia, e relaxar antes de dormir.

E a importância de um hobby é essa. Deve fazer-nos bem. Ajudar no combate à ansiedade. Acima de tudo, dar-nos felicidade no meio da tormenta que é o stress do dia-a-dia.
 
Não deixem os Vossos hobbies de lado, por falta de tempo. A vossa alma agradece!
 
 

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Self-Care: Exercício

Ora bem, como disse aqui, andei com alguns ataques de ansiedade excessivos. Assim uma coisinha a roçar os ataques de pânico. E percebi o que me faltava fazer. Percebi o que a minha mente e o meu corpo precisavam, de modo a acalmarem um bocadinho.

Exercício!!

Honestamente, nem sei há quantos meses eu não me mexia minimamente, para além da caminhada do escritório até à estação. E foi então que percebi as saudades que tinha, efectivamente, de quando corria.

A minha história de amor com a corrida é uma história longa e complexa. Toda a vida odiei correr. Mas, ódio a sério! De cada vez que nas aulas de educação nos diziam que tínhamos que correr, ficava logo com dor de burro. Só de pensar...eu...ficava...com dor de burro. E depois a falta de ar, e sentir que os pulmões me estavam a arder. Afinal, descobri há coisa de 2 anos, que este ardor não era só a minha gordice. É verdade, eu afinal sou asmática! Fantástico.

Mas como é que de repente, comecei a amar a corrida? Bem, houve uma altura em que tive uma colega minha que era tão estúpida, mas tão estúpida, mas tão estúpida... que um dia depois de fazer turno com ela, cheguei a casa, calcei os ténis, agarrei no MP3 (sim..foi há muito tempo) e saí porta fora para ir correr no bairro. Claro que foi mais andar do que correr, mas a corrida foi alimentada por uma raiva que ardia com fulgor. E essa raiva... essa raiva, esmoreceu. E fiquei calma e zen. E assim começou a minha paixão pela corrida.


Claro que apesar do meu amor, por vezes fico sem correr. É que para além da asma me dificultar a vida, de vez em quando fico aflita do ombro quando corro durante algum tempo. Já andei na fisioterapia, e disseram-me que talvez tivesse a ver com a minha postura. Não sei. Mas que dói para xuxu, dói.
 
Para além da corrida, também sou fã dos vídeos de Youtube de diferentes tipos exercícios (por exemplo as meninas da Tone it Up) e de aulas de Yoga (da grande menina Adriene). Para além de eu própria ir inventando coisas para fazer, com todo o material que fui comprando ao longo dos anos. Sei que dito assim parece que sou uma dessas babes do fitness. Não sou. Não sou, até porque normalmente só me mexo quando a ansiedade começa a sufocar-me.

Por isso o mais importante, aqui a reter é:

Quando sentem a ansiedade a surgir, qual sombra odiosa, exercício é das coisas mais importantes que podem fazer.

Qualquer que seja o tipo de exercício:

Corrida
Cross-fit
Yoga
Artes Marciais
Ciclismo
Zumba

O importante é fazer exercício! Até porque não se esqueçam que:



O marido/mulher/namorado/namorada/família agradecerá de certeza