quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Orientadores

O que são os orientadores?

São os professores que nos devem guiar.

São os professores que nos deverão fazer sentir acompanhados.

São os professores que nos ajudam a manter a sanidade mental.

São os professores que nos dão um pouco da sua sabedoria metodológica.

São uma peça essencial da nossa tese.

Isto é tudo na base do "supostamente"

Na realidade são os orientadores que podem fazer com que seja uma experiência positiva ou uma experiência aterradora.

No mestrado, tive orientadores a quem estarei agradecida (e amarei) até morrer.

No doutoramento, tenho orientadores que nem o meu nome devem saber.

Um conselho?

Escolham com muito cuidado.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2017

Resumo da Semana

Apesar de ter sido tão solicitada este fim-de-semana, consegui:

  • Ler os artigos que pretendia
  • Recarregar a minha caneta de tinta permanente, sem espalhar tinta por todo o lado
  • Tirar apontamentos sobre os artigos lidos
  • Iniciar o meu Caderno de Pesquisa
  • Fazer avanços a nível da minha teoria proposta
  • Fazer uma descoberta sobre um método de pesquisa que me parece essencial para a minha justificação enquanto investigadora de uma área em que sou também operacional (reconfirmando o meu estudo como isento e crítico)

sábado, 21 de janeiro de 2017

Dualidades familiares

"Acaba a tese que quero netos!!!!"

 

"Como assim, não podes vir cá no fim-de-semana?!?!Não te falo mais, se não vieres"

 
 
Para o que eu havia de estar guardada

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Técnicas de Motivação - A maravilhosa ferramenta que é o YouTube.

Que o YouTube tem vídeos para todos os gostos já nós sabemos, mas por vezes é dificil conseguir encontrar aquilo que queremos com qualidade.
 
Para mim, o YouTube como técnica de motivação começou por acaso com a maravilhosa Dra. Emma Cole, e os seus PHD vlogs.

 
Depois quando terminei de ver todos os seus vídeos, fiquei com um pouco de ressaca e comecei a procurar qualquer tipo de vídeos que estivessem relacionados com estudo e aí descobri:

Twinkling Lena - uma estudante de medicina, coreana

The Strive to Fit - uma estudante de medicina, americana

Mariana Study Corner - uma estudante de Direito, portuguesa

Study Live Streams - não sei o país nem o curso, mas ela coloca vídeos em directo enquanto estuda o que pode ser interessante para quem estuda sozinho, pois dá aquela sensação de que estamos a estudar com um amigo

Nehrdist - uma estudante de Artes, inglesa


Mas agora voltei a descobrir uns canais muito interessantes, de académicos (estudantes de doutoramento, estudantes de pós-doutoramento, académicos que dão as suas dicas):

Geoff Knott - PHD blogs - não fiquei fã, fã

100 Days Doctoral Thesis - os 2 primeiros vídeos têm dicas valiosas

Sarah Mawby - Vlogs e conversas sobre o que aflige os estudantes


E recentemente estes 2 canais, dos quais fiquei fã, e que tenho visto pelo menos 1 vídeo todos os dias:

Dra. Ellie Mackin - vlogs do seu dia-a-dia como professora e académica

Simon Clark - estudante inglês, que mostra o seu dia-a-dia


Se isto é uma técnica perfeita? Não diria que é, mas creio que ao vermos pessoas a estudar e a aplicarem-se nas suas teses e trabalhos académicos, dá-nos aquela motivaçãozinha extra para pegar nos papéis. E há-de ter alguma razão de ser, pois basta pensarmos que habitualmente os estudantes gostam de estudar em grupo e procuram espaços como bibliotecas e cafés.
 
Claro que o pior de tudo é vermos que estas pessoas podem dedicar-se de uma forma totalmente diferente da nossa, uma vez que ninguém é estudante a tempo parcial. Esse vlog ainda não consegui descobrir (se alguém souber de um bom canal de youtube de um estudante a tempo parcial, por favor coloquem nos comentários) por muito que tenha procurado.
 
 

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Procrastinar é

Fazer uma renovação ao caderno de notas em vez de, sei lá...trabalhar. Mas está lindo e inspirador, não está?

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Quem diria

Hoje depois do trabalho, depois de fazer o jantar, lavar a loiça e a arrumar a cozinha, sentei-me calmamente a ler o que escrevi até agora e... não é a bosta que pensava.
 
Quem diria?!
 
Agora até fiquei a sentir um misto de emoções que vai do:
 
"mas...mas...afinal não é assim tão vergonhoso?!?!"
 
ao:
 
"WOOHOO Até nem é mau de todo!!!"
 
 

Síndrome do Impostor

Já aqui tenho falado deste síndrome que afecta imensos estudantes, assim como profissionais dos mais diversos ramos.
 
O que é este síndrome que afecta tantos de nós? Ora bem, imaginem que estão numa sala de aula (ou numa sala de reuniões) e que à vossa volta estão vários colegas a discutir um assunto. E vocês até participam da discussão, não é isso que está em causa, mas vocês participam da discussão sempre com a sensação que não percebem nada do que ali se está a falar e apenas estão a disfarçar que não sabem nada.
 
 
Ou seja, este síndrome é aquele sentimento permanente de que alguém vai acabar por descobrir que vocês não deveriam estar ali porque simplesmente não estão ao nível dos outros.
 
É um síndrome que nos faz focar no feedback negativo (mesmo que este só exista na nossa cabeça) e assumimos sempre que todo e qualquer feedback positivo é porque as pessoas são simpáticas e não nos querem ofender a dizer que o nosso trabalho não presta.


É um síndrome que nos faz evitar o trabalho, que ainda nos falta fazer, com receio que nunca sejamos capazes de produzir uma coisa com qualidade. Ou seja, o medo permanente de que seremos descobertos como os verdadeiros impostores que somos, assim que submetermos o trabalho para avaliação.


A verdade é outra, e é isso que temos que nos esforçar por perceber. Todos nós temos uma área de especialização diferente e ninguém é melhor do que ninguém.

 
 
Nós somos bons e o nosso trabalho é realmente bom! Temos que nos mentalizar que merecemos o sucesso / feedback positivo que recebemos e que ninguém (seja orientador, seja chefe) nos vai educadamente mentir dizendo que uma coisa que irá ter a sua assinatura é boa sem o ser.
 
No entanto, não deixa de ser engraçado ver que pessoas de vários ofícios (e de vários graus de fama)sofrem com este síndrome.
 
 

Tenho andado a ler / ouvir podcasts / ver vídeos sobre este tema, sendo que todas as dicas que for encontrando irão ser aqui colocadas.
 

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Pressão Familiar

Quando vocês se inscreverem no Doutoramento, outra coisa maravilhosa que tende a acontecer é a pressão familiar e de amigos.
 
 
 
Em cada conversa que tenham, e tomem nota que é mesmo em cada conversa, ser-vos-á perguntado "então, já acabaste?" e com o passar do tempo o tom de voz vai ficando cada vez mais irritante. Talvez o tom de voz seja o mesmo desde sempre, mas para quem houve esta pergunta mil vezes ao ano, vai-se tornando cada vez mais insuportável ouvi-la.
 
 
 
Para além disto, quando estamos numa relação séria e ainda não temos filhos há a fusão de 2 tipos de pressão:
 
 
"Quando é que acabas a escola?"  + "Quando é que tens um filho?"
 




 
 
Se a primeira pergunta é irritante, a segunda eleva toda a pressão familiar a um nível quase impossível de aguentar.
 

 
 
Eu sei que eles talvez pensem que não tem grande mal, e talvez até julguem que assim mostram que estão interessados no nosso trabalho. #Sóquenão
 
A verdade é que é irritante. Existem inumeros estudos que comprovam que esudantes de mestrado e doutoramento têm problemas psicológicos devido à pressão que sofrem. E estes estudos são feitos com alunos em full-time. Imaginam a pressão auto-imposta em quem estuda em part-time? E que tal tentar transmitir calma e paz, ao invés de agravar o stress, com as vossas perguntas que não facilitam nada nem ninguém?
 
 

Se alguém descobrir a receita para que os familiares e amigos deixem de fazer isto, avisem por favor.

domingo, 8 de janeiro de 2017

Resumo da semana

Extremamente positivo.
 
Talvez por ter começado este blog, senti-me motivada para voltar a mexer nos meus papeis que têm estado ali a ganhar pó.
 
Organizei a secretária, acabei os apontamentos de mais dois livros e apontei toda a bibliografia de tudo o que tenho feito até agora.
 
Aproveitei também para recomeçar o meu bullet journal, desta feita versão académica.
 
No geral, foi uma boa semana e espero aproveitar o balanço para as próximas que se avizinham.
 
 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

Gestão de Tempo

Uma das coisas mais complicadas, para mim, desde que iniciei a tese, é a questão maravilhosa da Gestão do Tempo.



(agora por favor, há que imaginar um violino a tocar uma música assim beeeeem triste)

Ora bem, o meu problema maior é que a vida académica é o meu part-time. Ou seja, eu trabalho full time (cerca de 09hrs por dia) e demoro cerca de 1h15m de manhã e outra 1h15m à tarde em deslocações casa-trabalho-casa.

E... já não moro em casa dos papás. Isto implica que quando chego a casa ainda tenho que: cozinhar, tratar das limpezas quotidianas da casa, ir à mercearia/supermercado, arrumações e as coisas todas que ser Adulto implica. Por isso adoro (sim, eu adoro) quando me dizem "mas não queres ter filhos antes de acabar a escola porquê?".
 
(podem dizer ao violinista mental que está dispensado)

Assim, vou começar uma rubrica com as dicas que fui aprendendo sobre gestão de tempo (assim numa onda de aprendam com os meus erros).

A primeira dica da rubrica é:

  • Comprem/Façam uma agenda e escrevam as coisas à mão.

Está provado cientificamente que o cérebro memoriza melhor aquilo que escrevemos à mão em comparação com o que datilografamos. Assim, mesmo que sejam mais orientados para a tecnologia e apps, tentem arranjar nem que seja um caderno ou um bloco (ou mesmo post-it) para irem apontando as tarefas que vos faltam fazer num certo dia.

Futuramente, irei falar sobre o Bullet Journal e a maravilha que é ter uma agenda totalmente personalizada por nós.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2017

Uma Obsessão: Recolha de Dados



Se com o mestrado esta obsessão já foi dificil de domar, com o doutoramento já perdi totalmente o controle (tenham em atenção a minha colecção de suporte de livros. Há para todos os tamanhos e gostos). Em baixo podem ver uma caixa cor-de-rosa onde guardo os artigos que estou a trabalhar agora. Assim facilmente posso levá-los comigo para outro ponto da casa, sem ficar com tudo espalhado (dica da fenomenal Emma Cole), dando a ilusão de que estou muito organizada.

#stateofmyphddesk



 


#Hoarder
Desde o momento em que decidi o meu tema que ando a recolher artigos. E livros. E artigos. E livros. E não consigo parar porque sempre que "acabo" o primeiro capítulo penso "nah... falta aqui qualquer coisa. Isto não está bom" e vai de recolher mais artigos. E livros. E depois tenho outro problema, como sou um pouco "alérgica" a ler as coisas no computador, o maravilhoso programa Mendeley não tem grande uso para mim. Quer dizer, até tem. Guardo todos os artigos lá, categorizo todos e depois na hora de os ler há que imprimir. Isto origina a que o meu escritório em casa esteja a ficar um pouco cheio de coisas (só um pouquinho). No entanto aprendi com os erros do passado. Se no mestrado tinha 2 caixotes com papel (que de vez em quando eram revirados em pânico pois não encontrava aquela referência que precisava) agora pelo menos já dividi os artigos por categoria.
 
 E até criei uma pasta com "dicas de motivação" (sou triste. Eu sei.)
 
Claro que quando os colegas me perguntam "mas ainda estás a ler????" eu respondo "eeeeeeeeeh mais ou menos" (confesso! Menti-vos a todos! Sim! Ainda estou a ler!)

 Lado positivo? Acho que vou ter uma mini-biblioteca de turismo que poderá ser útil em anos vindouros.

Biblioteca de Turismo
 

terça-feira, 3 de janeiro de 2017

O Ciclo dos 3 P's : Perfeccionismo - Procrastinar - Paralisação

Nesta viagem descobri que existem vários tipos de procrastinação, sendo que o meu tipo é o mais divertido de todos! É a procrastinação por paralisação.
 
Ou seja, como sou extremamente perfeccionista em relação ao meu trabalho (e à qualidade do mesmo), começo a remoer nas coisas e no porquê de não estarem boas o suficiente até chegar a um ponto em que penso "se fizer X e comprar Y fico inspirada o suficiente e tenho todas as ferramentas que realmente preciso para voltar ao trabalho e este ficar com a qualidade que quero para mostrar o meu real valor".
 
 
 
Isto origina a que normalmente fique obcecada com objectos que tenho que que comprar para obter inspiração. No meu caso, já tive alguns dos seguintes momentos : "Só vou conseguir trabalhar se tiver um tablet que dê para levar comigo o trabalho" seguido de "O tablet é muito pesado, tenho é de comprar uma pasta onde possa levar as coisas comigo" seguido de "Preciso é de uns bons phones que possam abafar o ruído à minha volta para que me possa concentrar" seguido de  "Sem uma agenda não me consigo organizar - deixa-me estudar todos os tipos de agendas e técnicas de gestão de tempo" seguido de "Um quadro branco magnético é essencial para conseguir visualizar os meus problemas" seguido de "Eu preciso é de um suporte para livros decente para conseguir ir lendo enquanto escrevo" seguido da fase (onde me encontro agora) "Só consigo trabalhar na Biblioteca Municipal e por causa dos horários deles só lá consigo ir ao fim-de-semana"
 
Quando a procrastinação chega ao fim e sinto que "agora já tenho TUDO o que preciso para trabalhar", finalmente sento-me em frente ao computador e é então que entro numa espécie de paralisação física e psicológica em que simplesmente não consigo escrever nada. Ou então escrevo-apago-escrevo-apago-escrevo-apago. Entro assim na 3ª fase do ciclo, ou seja, a paralisação induzida por pânico.
 
É nesta 3ª fase que a ansiedade começa a bater mais forte. Esta vem como uma onda e basicamente começo a pensar que nunca serei capaz de acabar a tese porque não sou inteligente o suficiente, dou por mim com uma fome digna de um halterofilista a treinar para o campeonato do mundo (e como consequência ganho sempre uns quantos kilos), o cabelo começa a cair, o peito começa a doer, a asma começa a atacar, o nível de açúcar no sangue começa a baixar e as tonturas começam... enfim toda uma panóplia de divertimentos.
 
 
 
Quando não consigo aguentar mais a ansiedade, simplesmente paro tudo. Deixo de pensar em qualquer coisa que tenha a ver com a Tese. É como se não existisse a secretária e a estante cheia de livros e de artigos científicos. O importante é conseguir acalmar os nervos, conseguir combater a ansiedade. Seja através de exercício físico (corrida e/ou yoga), seja através de meditação, ou simplesmente gozar um bocado a vida. Depois, vejo o deadline a aproximar-se e volto ao início do ciclo porque "Agora já estou bem. Agora é que é!!"
 
 


segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Como cheguei até aqui

Sempre fui uma boa aluna e sentia facilidade no estudo (quando me decidia a aplicar ao mesmo) e como tal, aos poucos, parece que fui ficando viciada. Ou seja, quando acabava as aulas, queria inscrever-me em workshops ou cursos de Verão, cursos intensivos... qualquer coisa para que pudesse sempre continuar a aprender coisas novas.

Podia haver vícios piores, certo? Não sei.

Vejamos:

Quando terminei a licenciatura, inscrevi-me quase automaticamente no Mestrado. Adorei. Adorei as aulas, os trabalhos individuais e os trabalhos de grupo. Depois cheguei à temida tese e foi um suplício. Até então nunca tinha ouvido falar em Estado da Arte e Metodologias, e a loucura começou a esticar os seus dedos frios até mim. Sim, é verdade, tive alguns fanicos enervantes mas, graças aos meus 2 santos e magníficos orientadores, sobrevivi. Sim. Posso dizer sobrevivi pois foi uma luta até emergir feliz e contente com a tese nas minhas mãos.

Como só posso ter ficado afectada psicologicamente, vai de me inscrever no Doutoramento. E aqui... aqui é que começam os problemas sérios.

Enquanto estivemos em aulas e trabalhos individuais foi tudo muito lindo, confesso. Adorei tudo o que aprendi e chegava da escola sempre renovada e cheia de ideias e motivação para trabalhar. Depois chegou a parte da tese. E o meu cérebro fritou. A minha obsessão por fontes (e sim... continuo ainda a recolher bibliografia), o facto de um dos orientadores não me responder aos e-mails, ter um orientador que me diz que apenas lerá cada capítulo 1 vez, o facto de tudo o que escrevo me parecer fútil e pouco inteligente, fez com que abatesse sob pressão. E quando disse abatesse é mesmo abatesse. Comecei a sofrer de ansiedade, comecei a sentir a voz da depressão a chamar por mim e por várias vezes senti-me a enlouquecer. Por várias vezes abandonei tudo o que me lembrasse a tese, só na busca da sanidade mental. Mas basta voltar a abrir um e-mail, voltar a olhar para o meu deadline, voltar a pensar na quantidade estúpida de dinheiro que já gastei sem ter nada para mostrar, para começar a ter dores no peito e o cabelo a cair.

Desde que cheguei a este ponto dos meus estudos, sinto-me mais burra do que nunca. Honestamente, acho que já nem escrever sei. Mas escrever sempre foi a minha forma de desabafar e é por isso que criei este blog. Para largar vapor. Para desabafar. Sei que nunca ninguém irá ler estas palavras, mas aqui as deixo.

Olá, sou a Louca da Tese e até me inscrever no Doutoramento eu era uma pessoa normal.